Mostrar mensagens com a etiqueta Schoenberg. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Schoenberg. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Schoenberg





                Schoenberg, o "inventor" do dodecafonismo, além  de ser  o maior músico do sec XX, também se dedicou à pintura e integrou o grupo alemão "Cavaleiro Azul"  pensado e criado por Kandinsky.
                 Mas Schoenberg, como é habitual nas pessoas geniais, tinha manias. Tinha medo e terror ao número treze. E por coincidência ou "força oculta", nasceu no dia 13 de Setembro e vivia obcecado com a ideia de que iria morrer quando tivesse 76 anos (7+6=13) quando deu conta que, nesse ano, o dia 13 de Julho era numa Sexta feira. Conta-se que, chegado a esse dia, permaneceu deitado o dia todo. E quando a mulher alguns minutos antes da meia-noite entrou no quarto para, por brincadeira, festejar o fracasso da premunição, ele fitou-a, pronunciou "Harmonia" e então morreu!

A hora da sua morte foi 23:47, 13 minutos antes da meia-noite, numa sexta-feira 13, no seu septuagésimo sexto ano de vida (7+6=13) e com data de nascimento a 13 de Setembro!!!!!!

C C


.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Verklärte Nacht


          “Noite transfigurada”, obra  de Schoenberg de  1899  além de sexteto de cordas, é
 também um poema sinfónico que segue fielmente o texto homônimo de Richard Dehmel
            O poema de Dehmel conta o momento de aflição em que um novo casal durante um passeio noturno pelo bosque, a mulher conta ao seu namorado que está grávida de outro homem. Mais ainda: essa gravidez é fruto de uma relação casual com um  desconhecido.  O homem aceita a situação e diz que a noite mágica, " a noite transfigurada" que vivem, irá fazer da criança seu próprio filho.
               Schoenberg estruturou o seu sexteto num fluxo contínuo de música, mas como a partitura acompanha verso por verso o poema de Dehmel, é fácil distinguir cinco divisões na obra: dos primeiros passos do casal no bosque, passando pelo momento da revelação e chegando ao perdão trazido pela noite “transfigurada”.

 Poema de Richard Dehmel
Duas pessoas caminham por um bosque calvo e frio
A lua os acompanha, e eles a inspecionam
A lua corre sobre os altos carvalhos
Nenhuma nuvezinha turva a luz celeste
à qual se estendem os galhos negros

Fala a voz de uma mulher:

"Carrego eu uma criança, e não é tua
Ando ao teu lado em pecado
Cometi contra mim algo grave
Não acreditava mais na felicidade
e desejava ardentemente
um conteúdo de vida, a felicidade materna
e seus deveres. Por insolência
Deixei possuir, tremendo, meu sexo
por um homem estranho
e ainda me abençoei por isso
E agora a vida se vingou
E agora  encontrei-te, a ti..."

Ela deambula com passos desorientados
Ela olha para cima, a lua acompanha
Seu olhar sombrio se afoga na luz.

A voz de um homem fala:

"A criança que concebeste,
que ela não seja um peso na tua alma,
vê, como o universo cintila tão claro!
Um brilho circunda tudo
Flutuas comigo  num mar gelado
Mas um calor próprio flui de ti para mim, e de mim para ti.

Ele transfigurará a criança alheia,
e tu a parirás para mim e de mim.
Trouxeste-me o brilho
Fizeste-me criança".

Ela o agarra pelos quadris fortes
Seus hálitos se beijam no ar.
Duas pessoas andam pela noite alta e clara





.