sábado, 29 de outubro de 2011

Iº aniversário do João Maria

Há I ANO, ele era assim:




Hoje, só precisa de uma mão para andar



já pede "aba" que alguns ouvem "nitidamente" água,
diz adeus,
bate palminhas,
faz-nos sentir uns incompetentes na hora da papa,
mas dormir e brincar, é com ele.

Muitos beijinhos de PARABÉNS




sexta-feira, 28 de outubro de 2011

POESIA

Tatlin
Museu Pushkin-Moscovo


Data

Tempo de solidão e de incerteza

Tempo de medo e tempo de traição

Tempo de injustiça e de vileza

Tempo de negação



Tempo de covardia e tempo de ira

Tempo de mascarada e de mentira

Tempo de escravidão


Tempo dos coniventes sem cadastro

Tempo de silêncio e de mordaça

Tempo onde o sangue não tem rasto

Tempo da ameaça


Sophia de Mello Breyner Andressen


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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

VILA DO CONDE






fotos de tele-móvel

ROMANCE DE VILA DO CONDE



Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.

Vento Norte, ai vento norte,
Ventinho da beira mar,
Vento de Vila do Conde,
Que é a minha terra natal!
Nenhum remédio me vale
se me não vens cá buscar,
Vento norte, ai vento norte,
Que em sonhos sinto assoprar...

Bom cheirinho dos pinheiros,
A que não sei outro igual,
Do pinheiral de Mindelo,
Que é um belo pinheiral
Que em Azurara começa

E ao Porto vai acabar...
Se me não vens cá buscar,
Nenhum remédio me vale
Nenhum remédio me vale,
Se te não posso cheirar...

Vila do Conde espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Mais nada posso lembrar.
Bom cheirinho dos pinheiros...
Sei de um que quase te vale:
É o cheiro da maresia,
- Sargaços, névoas e sal -
A que cheira toda a vila
Nas manhãs de temporal.
Ai mar de vila do Conde,
Ai mar dos mares, meu mar!
Se me não vens cá buscar,

Nenhum remédio me vale,
Nenhum remédio me vale,
Nem chega a remediar

Abria de manhãzinha,
As vidraças par em par.
Entrava o mar no meu quarto
Só pelo cheiro do ar.
Ia à praia e via a espuma
Rolando pelo areal,
Espuma verde e amarela
Da noite de temporal!
Empurrada pelo vento,
Que em sonhos ouço ventar,
Ia à praia e via a espuma
Pelo areal a rolar...

Vila do Conde espraiada
entre pinhais rio e mar...


José Régio

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domingo, 16 de outubro de 2011

POESIA

Noite em Bruxelas

Espera

terça-feira, 4 de outubro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Escultura

O desequilíbrio no equilíbrio





Marta Pires 2008
cartão e gesso

Nada de notável, se esta interessante escultura não tivesse sido feita aos 11 anos, de criação livre, durante as actividades de férias em Serralves.
E é minha neta.

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