segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Vênus callipigia


Vênus callipigia ou "Vênus (Afrodite) das belas nádegas"











                                 A lindíssima Vênus Calipígia sobrevivente é uma antiga obra romana de mármore do século I a.C. O original deve ter sido uma estátua grega de bronze do início do período helenístico, que foi, provavelmente, fundida. Desconhece-se o autor da obra romana, mas sabe-se que foi encontrada sem cabeça, em Roma, antes do século XVI.
Depois de reconstruída, não se sabe por quem, foi adquirida, agora com cabeça, pela família Farnese.
Carlos de Bourbon, herdeiro de todo o património Farnese, levou-a para o outro lado do Tibre, para a Villa Farnesina.
No sec XVIII os Bourbon resolveram levar toda a Colecção Farnese para Nápoles, construindo para isso o Museu Capidimonte, onde estive em Maio passado. Mas antes disso, foi restaurada por Albacini. Este substituiu a cabeça, os braços e uma perna, respeitando a restauração anterior de forma bastante fiel,  mantendo a figura a olhar para trás sobre os ombros.
Actualmente continua em Nápoles, mas no Museu Arqueológico Nacional.



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sábado, 19 de janeiro de 2019

Eugénio de Andrade






Eugénio de Andrade-19 Jan 1923 // 13 Jun 2005

Escreveu os  primeiros poemas em 1936, e em 1940, publicou o seu primeiro livro Narciso, por aconselhamento de António Botto.
Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde. É neste período que o conheço pessoalmente. De seu nome Fontinha,  não era "flor que se cheirasse". No meu entender tinha exigências desnecessárias e algumas vezes a despropósito. Tive mesmo numa  ocasião de usar de  autoridade e pô-lo fora do meu consultório. Contudo, nada disto foi motivo que o afastasse ou impedisse de me "pedir boleia", algumas vezes. Estávamos a 15Km do Porto e ele aparecia de auto-carro.
Tinha uma conversa interessante, o que me fez  pensar  estar perante uma pessoa com  grande sensibilidade poética e que nada tinha a ver com a profissão que exercia: mas não o conhecia como poeta.
Depois, foi o Eugénio de Andrade, que  apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional,  sempre viveu distanciado do bulício da vida social, literária ou mundana. Justificava as suas raras aparições públicas com «essa debilidade do coração que é a amizade».
A sua última residência foi a extinta e malograda FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ANDRADE na Foz do Douro .
Encontra-se sepultado no Cemitério do Prado do Repouso, no Porto, numa campa rasa de mármore branco da autoria de Sisa Vieira, onde constam os versos da sua obra As Mãos e os Frutos, .

Até Amanhã
Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.

É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
E.A.

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sábado, 5 de janeiro de 2019

6 de Janeiro



Os Parabéns da Sofia no dia em que faz anos

são uma recordação muito feliz, em Vale Maior - Rates, numa de muitas tardes onde

íamos merendar em jeito de pic-nic.




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5 de Janeiro



Os Parabéns da Paula,

no dia em que faz Anos, são uma recordação muito terna, ao colo da minha Mãe, no

regresso de Angola em Setembro de 1964. O lugar é o alpendre da casa da praça, em

Rates




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