terça-feira, 3 de outubro de 2017

Requiem pelo PSD

          Nunca simpatizei com o PPD depois PPD-PSD, nem com o seu lider fundador. Há coisas que se não sabem explicar, mas sempre achei que era daquelas pessoas  pouco simpáticas, que arranham  e não permitem aproximação.  
               Quando passávamos férias no Alvor, era costume, ao fim da tarde, vê-lo descer do hotel à praia com a sua companheira e em marcha acelerada, sem olhar para ninguém, partiam ao longo da praia.
Nunca lhe vi um sorriso, um bom dia ou simplesmente um olhar!
Na mesma altura e no mesmo lugar, Mário Soares e Maria Barroso falavam connosco, como de velhos amigos se tratasse!
              Mas era um homem inteligente e com qualidades inquestionáveis, tendo projectado o partido para o ápex da vida política nacional
Morreu tragicamente e também por isso, aglomerou à volta do seu nome uma multidão de pessoas que lhe ficaram fieis, mesmo sem grandes afinidades ideológicas. E assim tem permanecido, um partido de pessoas a quem lhes faltou cedo o pai, como que lançados à sorte, numa amálgama de ideias não sustentadas pelo saber, na maioria dos casos.
              O actual lider, Passos Coelho, é um bom exemplo disso. Depois da derrota que recentemente teve, de nada lhe servirão estratagemas sujos, ao estilo de pessoas cobardes, que se escondem no boato e na aldrabice! Ele não presta e o partido já cumpriu o seu destino. 
Cresça uma direita arejada e que saiba ser oposição. 
A esquerda precisa disso.
 cc

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