RESISTÊNCIA

Ninguém me castra a poesia

se debruça e me põe vendas

censura aquilo que escrevo

nem me assombra os poemas

*

Ninguém me apaga os versos

nem amordaça as palavras

na invenção de voar

por entre o sonho e as letras

*

Ninguém me cala na sombra

deitando fogo aos meus livros

me ameaça no medo

ou me destrói e algema

*

Ninguém me aquieta a escrita

na criação de si mesma

nem assassina a musa

que dentro de mi se inventa

*Teresa Horta

(inédito)

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S: PEDRO DE RATES

DEPOIS DE S. JOÃO VEM O S. PEDRO.

                                    Não é este o S Pedro que se segue, mas sendo ele o Padroeiro da minha Terra, S Pedro de Rates, entendo dever dar-lhe essa primazia.
Foi o primeiro Bispo de Braga na década de 40 dC e, conta-se, terá salvo de doença mortal uma jovem princesa pagã e esta ter-se-á convertido ao cristianismo fazendo votos de castidade. O pai enfureceu-se, mandou matar o bispo, que se refugiou em Rates;  contudo, acabou por ser assassinado enquanto dizia missa. Foi decapitado.
Séculos mais tarde, São Félix (o eremita), pescador, ter-se-á retirado para o maior monte da Serra de Rates. Hoje, Monte de S. Félix.
E então algo de misterioso aconteceu.
São Félix terá observado uma luz na escuridão todas as noites a partir do monte. Um dia, curioso, tentou saber os motivos e descobriu o corpo de São Pedro de Rates que, depois disto, foi sepultado na Igreja até 1552. Nesse ano o corpo foi trasladado para a Sé de Braga.
A sua festa é a 26 de Abril

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