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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Cortar reformas



 Depois de assistir aos Prós e Contras de hoje, onde se discutia os cortes que o governo pretende fazer nas reformas e pensões, fiquei com a sensação amarga  que para nada valeu a discussão.
Não esclareceram quem os ouvia, nem a eles próprios.
A moderadora vestida de vermelho/roxo com penteado de longos cabelos ondulados, sugeria a antiga estrela de Hollywood, de lábios vermelhos e de pressuposta sedução.
Não vem a propósito, no meu entender, uma postura assim, quando o assunto do programa é sabido ser doloroso e de extrema gravidade para as pessoas presentes e para o país. Pedia-se mais sobriedade; na aparência, nas palavras e no sorriso que benevolamente espalhava pela conversa.
Vieira da Silva foi sem dúvida o interveniente mais avisado; fruto de uma experiência já antiga, mas também por preparação e cuidado que empresta àquilo que faz. Denunciou a incapacidade do governo e as mentiras e contradições do PM.  Fê-lo de uma forma educada e firme.
A contrastar, Camilo de Mendonça, desgraçadamente indisciplinado, disse as baboseiras inqualificáveis do costume.  Não se compreende como se perde tempo com a estupidez!
Corte Real e Daniel de Oliveira, sem sobressaltos.
A assistência teve a palavra que lhe permitiram.
Debates destes em assuntos tão importantes, não merecem as solas dos sapatos de quem lá vai.

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sexta-feira, 12 de julho de 2013

E agora, Assunção Esteves?




É nos momentos de maior dificuldade que as pessoas se dão a conhecer. A entoação da voz,  as palavras ou frases que espontaneamente saltam, a contensão dos gestos, são tudo formas de pôr a descoberto o que realmente somos. A nossa educação, a nossa cultura, a nossa autoridade, o nosso saber, e até a nossa simpatia!

O que aconteceu a Assunção Esteves na Assembleia da República, foi precisamente um teste a todas estas capacidades, e infelizmente, mas muito infelizmente, reprovou.
Foi uma situação criada por pessoas que, merecem toda a nossa benevolência. E  em circunstancia nenhuma, a Presidente da Assembleia da República, pode perder a serenidade, a autoridade, não sabendo minimamente gerir a forma como normalizar a situação.

Não pode fechar portas, e não podem repetir-se esta nem outras cenas já passadas. Deve pedir a DEMISSÃO por incapacidade bem demonstrada para o exercício de tão elevado cargo.

Só mais um conselho: informe-se sobre Simone de Beauvoir e não a ofenda de um forma tão grosseira, porque não há pedido de desculpa nenhum que chegue para se penitenciar disso.

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quinta-feira, 27 de junho de 2013

A greve geral




Muito bem! A greve já passou e com sucesso ou sem ele, o direito à greve é um direito e eu até diria um dever de todos os que trabalham.
Usa-se a greve  como medida de força, para exigir aquilo que o trabalhador não consegue por negociação com a entidade patronal, mas também como forma de protesto às governações que   prejudicam os cidadãos. A meu ver é uma forma nobre de testemunhar o repúdio por acções que colocam em perigo a liberdade, a justiça ou o bem estar das pessoas. E não haverá sociedade democrática nenhuma em que esse direito não  possa ser exercido por aqueles que trabalham, sob pena de o não ser.
Mas, lá está, por aqueles que trabalham, e não por os que já trabalharam ou por aqueles que estão impedidos disso pelo desemprego e até pela doença. Para estes não está previsto qualquer forma de luta.
E a análise que eu faço à greve geral de contestação ao governo que ocorreu hoje, e só o faço agora propositadamente, é que os mais atingidos pelas acções de terror do actual governo, são precisamente os reformados, os desempregados e os doentes; por razões bem conhecidas. E se a isto juntarmos o medo de colocar em risco o lugar de trabalho, a impossibilidade financeira de poder prescindir de um dia de salário, uma grande, enorme fatia da sociedade portuguesa não teve condições para fazer greve. Não foi contabilizada no rol dos contestatários.
Por isso, a greve, no momento actual por limitada, não é a forma mais eficiente ou eficaz para derrubar o governo.
Todos somos muitos; e é mais difícil resistir a muitos.

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Subsídeo de Férias em Novembro!!!!!!!!!!

Os Portugueses, todos os anos, aguardam pela chegada do subsídio para fazerem férias!
Férias, sinónimo de  praia.
Como o governo, pela pessoa do primeiro ministro, anunciou que só em Novembro os Portugueses o receberiam, pois será nessa data que as praias irão ser invadidas!.........

Eis uma ante-visão da entrada dos portugueses no mar, em Novembro, bem vestidinhos........que não vão constipar!

Winslow Homer

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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Até quando?

Picasso-Guernica (pormenor)

As notícias sobre as mães que se suicidam levando consigo os seus filhos, têm-se avolumado de forma preocupante.
É um drama que choca e emociona, mas choca ainda mais, continuarmos a assistir à rudeza das conversas de políticos e analistas, cifradas unicamente nas contas de merceeiro do deve e do haver.
Não se ouve nunca a discussão de princípios onde se fundamentem as orientações do rumo que queremos seguir. É a lei do tudo vale, desde que as contas se acertem para as conveniências daqueles que tudo possuem.
E o país, que é de brandos costumes, caminha de braços caídos, a rapelhar os pés enquanto tem alpercatas; porque quando já as não tiver, irá caindo e, poucos chegarão ao fim da linha.
Até quando?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O1º dia do ano e o pudim de Abade de Priscos

Já vai sendo um hábito passar o 1º dia do ano em Sta. Marinha da Costa - Guimarães.
E uma das razões que contribuiu para isso,  para  além do lugar aprazível que é, foi sem dúvida, o sublime Pudim Abade de Priscos que invariavelmente serviam, e era uma delícia!
 Digo serviam, porque  aquele que apresentaram desta vez, representa a morte do Pudim de Abade de Priscos em Santa Marinha. Não passou de uma zurrapa que muito bem poderia ser um qualquer pudim francês.
Lamenta-se, e para o ano, se lá chegarmos, e a crise nos deixar, não irei arriscar e rumarei para outros lugares.



o laranjal e a mata da quinta
  as escadas que nos conduzem ao lago
  e os degraus que nos conduzem à gruta

 e o magnífico pôr de sol

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

a notícia



 A dança da vida - Edvard Munch



"A Segurança Social só garante a reforma por mais um período de oito anos".

A notícia estalou numa voz vibrante, clara, com a exaltação de quem anseia pelo efeito da grande audiência.  Depois veio a justificação, e a clarificação das consequências. E, dizia: embora  a esperança de vida tenha tendência a aumentar,  passando por isso a haver mais velhos,  muitos deles irão morrer. E pelo modo  da notícia, isso até dava jeito.  É claro que isso é a realidade; mas o que eu supunha, era que o jornalista já saberia disso antes; e não precisava de tanto entusiasmo para o constatar.

Esta notícia, porque me atingia particularmente, pôs-me a fazer contas. E, das várias  hipóteses  que dela poderiam resultar, curiosamente,  nenhuma  tinha nexo. Quando os anos, cautelosos, reclamavam a sua posição dianteira, logo o cérebro, reclamava a sua posição  em retaguarda. Neste impasse, e se a nossa vida é a que  o nosso cérebro nos dá, as contas anunciadas pelo jornalista não batiam certas.

Então, "que se lixe" a notícia e o jornalista.

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

à procura do que dizer


 falésia portuguesa



 Já há algum tempo que não passo por aqui; por falta de tempo,  de disposição ou de lembrança. Também por ausência de motivos que me empurrem para a necessidade de pensar, investigar e logo de comunicar. A situação política actual, tão absurda como injusta, gera um misto de frustrações e rancores que desencorajam os mais aplicados.

Mas hoje apeteceu-me dizer coisas; mesmo sem saber o quê. Embora o aviso por parte do PM, de mais cortes nos rendimentos do nosso trabalho,  seja por si só um manancial de temas inesgotável.

 Se quem se encontra no activo se sente desmotivado e apreensivo quanto ao futuro, os que se encontram afastados do trabalho, porque já trabalharam, sentem~se roubados; porque ao depositarem os rendimentos do fruto do seu trabalho nas mãos do Estado para ser gerido, este desviou-os para onde muito bem quis,  sem permissão. A isto chama-se abuso de confiança e é costume haver punição para isso.

 Mas o País está numa triste situação em que o governo não respeita as leis, nem quando fazem  parte da lei fundamental da República como é a sua Constituição. Até mesmo depois de deliberação do Tribunal que a defende,  e que tem como função fazê-la cumprir. Ao dar este exemplo com o beneplácito do Presidente da República, tudo, a meu ver, será permitido.

O País está a saque!

Como isto por si só não bastasse, a dívida, a recessão e o desemprego aumentam.
Mas paralelamente, há quem viva ostensivamente com luxo, e o capital foge à tributação.
A defesa do capital é flagrante;  e de resto isso é feito com um descaramento despudorado.
Repare-se nas privatizações.
A Educação, e a Justiça, se estavam mal, agora agonizam. A Saúde, essa seguia bem, mas as medidas para a desagregarem avançam sem hesitações.

Estas reflexões que estou para aqui a fazer como quem fala só, são por assim dizer, um desabafo e um registo para memória futura. Longe de uma análise ideológica ou debate político.

Gostava de ver as pessoas mais empenhadas, mais intervenientes, mais firmes, e que os senhores do Poder as temessem. Mais conscientes de que o verdadeiro Poder está nas mãos de quem trabalha, que é quem gera o capital e não nas mãos de quem o detém.

Porque será que o povo português é tão conformado e aceita as ofensas com uma submissão bovina? Estende o cachaço e deixa que o carreguem. Fruto de uma ditadura de cinquenta anos? É provável, porque em outras alturas já deu provas de ser capaz de se revoltar.

Espero que a coisa comece a levantar-nos do sofá e as manifestações na rua atemorizem os espertalhaços / deshonestos /oportunistas / burlões que nos calharam para serem governo.


C C