domingo, 27 de maio de 2012

O Nascimento de Vénus

 
  O nascimento de Vénus



 O Nascimento de Vénus é uma pintura de Sandro Botticelli, de 1482 que, em conjunto com a Alegoria da Primavera, faz parte de um encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco de Médici para a Villa Medicea di Castello.  A obra está exposta na Galleria degli Uffizi, em Florença. É uma pintura  a têmpera sobre madeira e mede 172,5 cm de altura por 278,5 cm de largura.

Não se conhece ao certo quais  as fontes de inspiração de Botticelli, mas parece não haver dúvidas quanto às influências de obras como a "Metamorfose" e "Fasti",  de Ovídio, e "Versos" de Poliziano, erudito e poeta  florentino,  do renascimento.

 Colocada no centro da composição, a Deusa Vénus,  representada sob a forma de mulher adulta, nua,  surge da espuma do mar erguendo-se sobre uma concha que é impelida e acariciada pelo sopro de Zéfiro, o vento fecundador, que aparece esvoaçando, abraçado a Clóris, a ninfa que com ele simboliza o acto físico do amor.

A concha aproxima-se da costa da ilha de Chipre.

Do lado oposto,  encontra-se em terra, a figura de uma Hora,  (as Horas são as ninfas que presidem  às mudanças das estações),  a oferecer à deusa um longo manto todo florido para a  proteger.

Não é por acaso que o manto oferecido à deusa é cor de rosa, e que as flores são açucenas, o que representa na História da Arte a “virgem rainha dos céus”. E a ideia de Vénus Sagrada é representada simbolicamente pelos ramos de murta.

As cores são naturais e suaves;  as formas elegantes e esbeltas. Há quem se interrogue se o alongamento exagerado do pescoço de Vénus e o descair do ombro esquerdo representam uma imperfeição artística ou o alvorecer do Maneirismo que vem a seguir. Muito provavelmente será  esta a explicação.

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