![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggeV96N8EcPawj8ilR3Osem5fM7alQ4u21igrK_lnwxaQ2F3RsNBH9sfQ77PnaXQ-zKvddJG-auB3mHk1tsZigwKYmqB2NAOFgbK9So72_daxo5SGXQl-61i7wU-Nn5oaSSSVQAZ4/s400/flor-cravo-vegetacao_~u13588004.jpg)
Por estes dias vão continuar as críticas e os comentários ao que foi visto e dito na Assembleia da República.
Hoje destaco aqui
CRAVO VERMELHO AO PEITO
Os cravos nas lapelas de Aguiar-Branco e Passos Coelho provam apenas que a direita portuguesa precisou de 36 anos para se libertar da sua relação complexada com a ditadura e fazer as pazes com a revolução.
(...)Por ser tão tardio (e ainda não chegou ao Presidente da República), o gesto simbólico e concertado dos dirigentes do PSD denuncia o problema de identidade em que o partido viveu até hoje.(...)
Não por acaso, fá-lo no momento em que pede mais uma revisão constitucional (a citação de Lenine, por ser apenas provocadora, tirou força ao gesto). Ou seja, assume-se o símbolo para o colocar na prateleira da história e retirar-lhe força política. Assume-se o cravo para se poder renegar definitivamente a herança ideológica da revolução, fazendo passar a ideia de que as suas propostas representam o futuro e não um ajuste de contas com o passado.
Extraordinário que não tenham percebido há mais tempo que esta era a táctica mais inteligente. Durante anos ofereceram à esquerda o imaginário da esperança, da festa e da liberdade. Coisa que, com a história da direita portuguesa, foi mais do que justa. Mas facilitaram tanto…