quinta-feira, 3 de maio de 2012

O 3 de Maio de 1808



O quadro "O 3 de maio de 1808"  pintado por Francisco Goya (1746-1828) em 1914,   narra um dos momentos mais significativos da resistência espanhola à invasão das tropas de Napoleão Bonaparte. A este quadro liga-se um outro, "O 2 de maio de 1808" (pintado igualmente em 1814), que relata o primeiro episódio deste acontecimento, ocorrido na véspera. Na manhã de 2 de maio, o lugar tenente de Napoleão, o general Murat, seguido por uma coluna de cavalaria, foi atacado por um grupo de populares armados, enquanto atravessava a Porta do Sol em Madrid. Tendo rapidamente controlado a situação, os franceses, como represália , ordenaram o fuzilamento de inúmeros civis. Estes massacres tiveram lugar durante o dia seguinte, em vários pontos da cidade, e são conhecidos pelos "Fuzilamentos de 3 de Maio"




O quadro divide-se em dois sectores: uma zona de sombra acentuada pela frieza das cores onde estão representados os soldados franceses; a outra representa o grupo de condenados inundados por intensa luz com tons amarelos e vermelhos, onde se destaca bem iluminada a camisa branca de um dos condenados. De carácter marcadamente expressionista, caracteriza-se por pinceladas rápidas  de um cromatismo particularmente violento,  e por um tenebrismo de dramáticos contrastes de luz e sombra.
 Os quadros "O 2 de maio de 1808" e "O 3 de maio de 1808", executados a óleo, sobre tela, encontram-se expostos no Museu do Prado, em Madrid.

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