O DOURO ontem na foz do SOUSA
Surdo, subterrâneo rio de palavrasme corre lento pelo corpo todo;amor sem margens onde a lua rompee nimba de luar o próprio lodo..Correr do tempo ou só rumor do frioonde o amor se perde e a razão de amar-surdo,subterrâneo, impiedoso rio,para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
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