domingo, 26 de fevereiro de 2012
Borodin
12 de novembro de 1833, São Petersburgo
27 de fevereiro de 1887, São Petersburgo
Aleksandr Porfirievitch Borodin, filho ilegítimo do príncipe da Geórgia, era médico e dividiu a sua vida entre a música e o trabalho de professor e investigador de química orgânica na Academia Médico-Cirúrgica.
Ainda muito jovem iniciou estudos de flauta, piano e violoncelo com professor particular. Depois de conhecer Mussorgsky passou a dedicar-se com mais intensidade à música.
Em 1862, depois de uma viagem de estudos de três anos à Europa ocidental, trava contacto com Balakirev, e essa amizade irá dar novo impulso à sua actividade de compositor.
Considerado por muitos como o mais original compositor do Grupo dos Cinco - composto por Mussorgsky, Balakirev, Cui e Rimsky-Korsakov, Borodin deixou uma obra pequena, mas importante.
Como a música dos demais membros do grupo, as suas composições caracterizam-se por um deliberado abandono das tradições da música ocidental, na busca de uma linguagem eminentemente russa, marcada pelos ideais nacionalistas.
Alexander Borodin morreu no dia 27 de Fevereiro de 1887, de insuficiência cardíaca, durante um baile de máscaras na Academia de Medicina de São Petersburgo.
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Zé Afonso - Homenagem
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Fernando Lanhas
Fernando Resende da Silva Magalhães Lanhas nasceu na freguesia da Vitória, na cidade do Porto, em 16 de Setembro de 1923, filho de Luís da Cunha Magalhães Lanhas, comerciante de tecidos, e de Maria Amélia Resende da Silva Magalhães Lanhas, modista. Residiu no n º 74 na Rua José Falcão até à morte dos pais.
Inscreveu-se no Curso Especial de Arquitetura, da Escola de Belas Artes do Porto, em 1941 depois do qual se matriculou, no ano de 1945, no Curso Superior de Arquitectura, também na ESBAP.
Foi contemporâneo de Nadir Afonso e Pomar.
vocação.Apesar de não ser considerado um pintor, é tido como um dos pioneiros da Abstracção Geométrica em Portugal.
Desde muito novo que as origens do Homem, e o conhecimento do Universo, foram os temas que o preocuparam.
Para Lanhas, a arte é antes de tudo, o conhecimento do mundo, o que o leva a desenvolver uma concepção original da pintura, como cálculo racional, equilíbrio traduzido na ordem geométrica.
Faleceu na sua casa no sábado passado.
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Garzón foi condenado.
El Supremo inhabilita once años a Garzón por el 'caso de las escuchas'
- La decisión ha sido tomada por unanimidad por los siete jueces de la sala
- La sentencia implica la pérdida definitiva del cargo que ostenta
- El magistrado deberá pagar además una multa de 2.520 euros
- Estaba acusado de prevaricación y vulneración del derecho de defensa de los acusados
A sentença implica a perda definitiva do seu cargo, o que é extremamente grave, se pensarmos que Garzón tinha em mãos a investigação dos crimes praticados durante o fascismo. A acusação incidia sobre as alegadas escutas da responsabilidade de Garzón, entre os detidos e os seus advogados.
Os magistrados argumentaram que, os factos provados, não indiciavam qualquer suspeita sobre o aproveitamento por parte dos detidos e o exercício da defesa, no sentido de cometerem novos delitos.
Consideraram também que, Garzón substituiu"el imperio de la ley por un acto contrario de mero voluntarismo"; e que isso "sólo se encuentran en los regímenes totalitarios".
Branqueamento dos crimes fascistas? A maioria dos espanhóis que se manifesta nas ruas, nas redes sociais e mais ou menos por todas as formas e que nos chegam através da imprensa, dizem que sim.
Extremamente perigoso que assim seja; é sobretudo um ultraje assistir à condenação de quem luta pela justiça e pela liberdade, da forma como Garzón o tem feito.
foto e citações do El País
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Antoni Tàpies, mestre da arte abstracta
É por intermédio de Joan Prats, galerista, que toma conhecimento da literatura surrealista de André Breton e conhece Miró. Em 1948 funda o grupo Dau al Set que abandona em 1951
Em 1956, realiza a primeira exposição individual em Paris, para onde tinha ido como bolseiro, e convive com Picasso.
A sua pintura faz parte da designada pintura matérica, corrente de informalismo que se desenvolveu na Europa do pós-guerra (anos 40/50 do séc.XX) em que a matéria usada nos quadros, ganha volume e cria formas escultóricas, com efeitos matéricos muito expressivos. Mediante a estratificação de cores misturadas com materiais diversos, como: cimento, areia, látex, pó de mármore, e até materiais de lixo urbano, e utilizando técnicas destrutivas, cortes, ou perfurações, a obra organiza-se com oposição de matéria e não matéria numa ausência de perspectiva e de forma.
Tàpies usava uma técnica mista. Com a tela em posição horizontal colocava uma camada de pintura homogénea, monocrómica, e sobre ela, aplicava a mistura dos diversos materiais e tintas que pretendia usar; quando estivesse quase seco aplicava uma tela de serapilheira que, depois de aderente, arrancava, criando uma estrutura de relevo; posteriormente poderia cortar, perfurar, e juntar-lhe sinais como cruzes, letras, números etc.
A obra ficava sem qualquer fixação, a degradar-se com o tempo, porque para Tàpies a arte é efémera e as sua obras deveriam ser um testemunho da passagem do tempo.
Além da liberdade poética do surrealismo, sente-se na obra de Tápies a influencia de outras sensibilidades, nomeadamente as orientais ligadas ao budismo-zen.
Foi contra o franquismo, o que lhe valeu ser preso em 1966 e era defensor da autonomia da Catalunha.
Tem em Barcelona, na R. Aragon, a Fundação Tápies onde expõe a sua obra. Já a visitei algumas vezes. A primeira vez que vi os seus quadros foi na Casa de Serralves, ainda não existia o MAC, com a exposição, "A celebração do Mel".
A originalidade dos seus quadros, invariavelmente em tons castanho, branco e preto,interrogam-nos e marcam a nossa memória.
Morreu hoje com 88 anos.
Esta, é uma pequena homenagem.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
O Casaco de Peles
Em Nov. de 2008 comentei no Art&manha um recital de piano de Fausto Neves no Palácio da Bolsa. Ao ler aqui : "Piere-Laurent Aimard na Casa da Música" de Paulo Bastos, imediatamente me deu vontade de reler o que na altura tinha escrito; e, dada a semelhança de situações que os anos não corrigiram, vou publicar uma parte desse comentário:
" A GOLA DA MINHA CAMISA"
(...) Mas já há alguns anos que não ia a recitais no Palácio da Bolsa; e a minha perplexidade estacou ao ver que se mantém a clientela do « casaco de peles». O «casaco de peles»comporta um duplo sentido; para além da desnecessária opulência e de algum mau gosto, as suas donas mexem-se, segredam, dão um movimento ritmado ao programa que têm nas mãos, provocando um ruído surdo, impertinente, irritante e que, sem dúvida, significa uma total ausência àquilo que está a acontecer. Até tocou um TM num daqueles momentos de transcendente melancolia, tão bem conseguidos, na 4ª de Chopin.
E o tema que preocupava duas dessas damas situadas imediatamente atrás de mim, era se estaria a chover à saída, porque as peles do casaco, embora já o tivesse levado à Dinamarca, Suécia e não sei mais quê,nunca tinha apanhado chuva. Já o da outra era à prova de água. E então o raciocínio brotou eloquente: «sabes, deves comprar peles de animais que se molham» sic.
Havia muita gente muito atenta, isso é verdade.
Mas esta plateia fez-me lembrar a resposta dada por Chopin aos 7 anos, quando lhe perguntaram, de que é que a assistência teria gostado mais, depois do seu recital; ao que ele respondeu : «… da GOLA DA MINHA CAMISA».
Porto Nov. 2008
C.C.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Eduardo Viana
Eduardo Afonso Viana (Lisboa, 28 de Novembro de 1881 — Lisboa 21 de Fevereiro de 1967), pintor português.